terça-feira, 16 de junho de 2015

25 de Abril. Democracia e … Economia!

Este "post", colocado no passado dia 25 de Abril, devido à minha pouca habilidade nesta coisa dos blogues, passou-se e mudou de sítio. Do facto, as minhas desculpas!




Hoje, 25 de Abril do ano de 2015, gostaria de vir aqui tecer loas a um dia 25 de Abril, no já quase longínquo ano de 1974 mas, sinto um misto de dois sentimentos, antagónicos. Por um lado foi um dia de Alegria e Esperança e por outro, face ao que nos trazem os dias de hoje, de Desencanto.

Decerto não irei agradar a muitos, mas ainda tenho a esperança de que não seja só eu a pensar assim. Portanto, como muitos utilizam as palavras chave, “Liberdade”,“Abril” e “Democracia” para todo o tipo de desmandos, eu, depois de ouvir alguns discursos (só parte, porque já não tenho “pachorra” para ouvir tudo), feitos hoje na Assembleia da República e usando dessa mesma Liberdade, aqui deixo algumas considerações sobre um assunto recente. É o caso de que principalmente quando se aproximam eleições, sempre aparecem uns grupos, pleiades de indivíduos especialmente inteligentes que nos demonstram, cientificamente, tudo aquilo que devemos fazer, nunca explicando porque é que anteriormente não foram capazes de evitar o que se foi então fazendo. Porém, podemos estar descansados porque outros, tão ou mais inteligentes que estes, vão aparecer a dizer e provar exactamente o contrário.

No meio de tudo isto, quem pagará a factura será sempre o mesmo!

Abstenho-me de vir aqui trazer o meu caso pessoal e a minha visão do que foram aqueles tempos, só peço que nesta voragem democrática não desvalorizem a memória dos que viveram esses tempos conturbados e que teriam muito que contar, o que não agradaria a boa parte de muitos “democratas” de hoje e também daquele tempo!


Aqui está como este bom povo
acredita em todas as oposições
que lhe trazem um mundo novo
e uma mão bem cheia de ilusões!

Sejam de esquerda ou de direita,
prometem todos muito dinheiro
porque esperam, estão à espreita,
dar o tal saltinho para o poleiro!

E uma vez que sejam lá chegados,
os problemas ganham tal volume
que para não ficarem “queimados”,
metem-nos a nós as mãos no lume! 

Diz-nos uma boca de grossos lábios
as grandes novas que nos trouxeram
uma assembleia de eminentes sábios.
Até hoje, onde é que eles estiveram?

Dizem-se economistas conceituados!
Pois que venham e seja em boa hora!
Bem, mas não sejam envergonhados!
Digam lá, onde estiveram até agora?

Desconfio das eminências da economia
que vão levando todo o nosso  dinheiro.
Confio mais numas contas de mercearia,
rabiscadas pelo meu “pacato” merceeiro!

Será que a economia que nos trazem
é igual àquela que pôs o país a pedir?
Já chega o mal que estes nos fazem!
Vindo da economia, nada nos faz rir!

O truque, conhecido, já é muito velho
e milagres aqui neste país ninguém faz.
Vejam lá que nós até temos um “coelho”,
um especialista, que dá saltos para trás!

Mas o povo parece que é disto que gosta.
Tem alguma atracção para cair no buraco
e agora, estes economistas do chefe Costa,
vão-lhe servir, ou dar, “bacalhau a pataco”!

E nesta tão falada crise de austeridade,
muito fácil é dizer o que se deve fazer.
Difícil é arcar com a responsabilidade,
porque isso, é só ao povo que faz doer!

Mas se este bom e crente povo é assim, 
tudo aguenta, fazendo jus às suas raízes,
um desejo eu tenho e não é só para mim.
Aguentem, divirtam-se e sejam felizes!

Será assim? Será o fim da austeridade,
esta oferta com raminhos de incenso?
Ninguém saberá se é mesmo verdade,
por isso, aqui só deixo o que eu penso!

Tudo isto, me faz lembrar casamento.
A nossa sina não me parece diferente
e unimo-nos, até ao último momento,
para o bem e para o mal, a tal gente!

E poderemos dormir bem descansados
pois nunca mais teremos um pesadelo,
porque os políticos, bem intencionados
e carinhosos, nos tratarão com desvelo! 


 

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